domingo, 30 de março de 2008

Pedra que te quero ouro



Há alguns milhões de anos, a Terra era uma bola muito quente girando ao redor do Sol. Com o tempo, o planeta foi se resfriando e os elementos que o formavam foram se arrumando de acordo com seu peso - quem era mais pesado ficou embaixo e quem era mais leve ficou por cima. Nessa época, aconteceram também casamentos entre os elementos que tinham maior afinidade. Assim, alguns átomos de oxigênio, hidrogênio, enxofre e silício se uniram a metais e formaram os minérios (pedras que contêm metais aprisionados). Essas pedras são tão resistentes que, para extrair delas os metais puros, é preciso uma energia tão grande quanto aquela que os aprisionou.




Mas por que obter novamente metais puros? Com o passar do tempo, o homem quis trocar suas armas e seus objetos, antes feitos de pedra e osso, por outros de materiais mais resistentes. Ele resolveu então experimentar derreter pedras e observou que algumas podiam ser moldadas e, depois de secar, ficavam mais resistentes e podiam ser usadas para fazer utensílios como panelas, jóias ou facas. Olhando bem por onde andava, o homem encontrou alguns metais já soltos das pedras na superfície da Terra e, depois, nas minas que passou a cavar. Bem, se eles estavam ali é porque alguma coisa tratou de soltá-los. Quem teria feito isso? A pergunta só foi respondida pelos cientistas depois de milhares de anos. Eles descobriram que a transfomação de minério em metal puro era um trabalho das bactérias Thiobacillus, que agiam sem ser notadas. Se você conhece um pouco de biologia, sabe que nós, os animais, retiramos dos alimentos o carbono que precisamos para crescer. Já as bactérias, como os vegetais, retiram o carbono do gás carbônico que existe no ar. Para fixar o gás carbônico, as Thiobacillus precisam de energia - que elas conseguem quando se grudam no minério e começam a realizar reações químicas. Essas reações são tão especiais que afrouxam a ligação do metal com o restante do minério. Com isso, as bactérias conseguem energia e, mesmo sem perceber, facilitam a vida do homem, soltando o metal da pedra e passando-o para a água.

Desde as primeiras civilizações, o homem se aproveita do trabalho das bactérias, sobretudo com relação à ação delas sobre os minérios de cobre e de ouro. Durante milhares de anos, os metais extraídos pelas bactérias foram carregados pela água das chuvas e se depositaram em alguma superfície. Quando encontrados, eram trabalhados e transformados em peças úteis. Existem várias formas de extrair cobre e ouro dos minérios, mas as bactérias continuam sendo usadas até hoje.

Para fugir dos raios!



CABRUMMMM! Quando se aproximam as nuvens escuras, teremos vento e chuva na certa. Além, é claro, daqueles clarões que riscam o céu e fazem o maior barulhão: os raios! Para muitos, os raios são um maravilhoso espetáculo da natureza, mas há quem se estremeça, ao menor sinal de tempestade, com medo de ser atingido por eles. Para estes, aí vai uma notícia: pesquisadores localizaram as regiões do Brasil onde caem mais raios. A idéia de registrar os lugares que recebem mais descargas elétricas surgiu em 1980 e foi conduzida por pesquisadores do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), em São Paulo. Para fazer a pesquisa, eles utilizaram a “Rede Integrada Nacional de Detecção de Descargas Atmosféricas” (RINDAT), uma rede de sensores – aparelhos que percebem os raios – que permitiu mapear as áreas mais afetadas por eles. O RINDAT possui, hoje, 26 sensores distribuídos em sete estados do Brasil, que captam onde e quando os raios caem. Osmar Pinto Júnior, pesquisador do INPE e coordenador do trabalho, conta que em todas as regiões do país, com exceção do Nordeste, há uma grande ocorrência de raios. “O conhecimento das áreas afetadas pelos raios permite que a comunidade se proteja de forma mais adequada nestas regiões diminuindo, assim, os danos causados pelas descargas elétricas”, diz ele.


O mapa acima mostra as regiões com maior incidência de raios em alguns estados. Clique na imagem para ampliá-la.
Mas afinal, o que são raios? São descargas ou faíscas elétricas intensas que ocorrem na atmosfera. Eles são semelhantes às correntes elétricas que fazem funcionar os eletrodomésticos em nossa casa. Mas são muito mais fortes, por isso, quando caem, costumam causar grandes estragos. Ao contrário do que muitos pensam, o raio não é causado pelo choque das nuvens, mas originado dentro delas. No interior das nuvens existem partículas de gelo que se chocam e ficam carregadas de eletricidade. Sempre que roncar trovoada, é bom se proteger. Elas indicam que os raios estão próximos. Além de causar danos materiais, como afetar a estrutura dos lugares onde caem, se um raio atingir uma pessoa diretamente, na maioria das vezes, ela morre. Por isso, todo cuidado é pouco. Mesmo que sua região não seja a preferida dos raios, é sempre bom tomar algumas precauções. Se possível, não saia na rua durante uma tempestade. Se for pego de surpresa por ela, procure abrigo em casas, prédios ou automóveis. Dê preferência às construções que tenham proteção contra raios, os famosos pára-raios – aparelhos que contém uma haste metálica ligada a terra, que atrai os raios e evita que eles se espalhem e causem danos. Com todo esse papo, seu interesse por essa história de raios deve ter aumentado. Quer saber mais sobre o assunto? Então, visite o site do INPE (www.cea.inpe.br/elat) e acesse o link “prevenções”. Lá você fica por dentro do que fazer quando vier um temporal. Afinal, a melhor maneira de se proteger é estando bem informado!

Isaac Newton o Grande Mestre da Física

Newton nasceu em Woolsthorpe, poucas semanas depois da morte do seu pai, provavelmente em outubro de 1642. Sua mãe, Hannah Ayscough Newton, passou, então, a administrar a propriedade rural da família. A situação financeira era estável, e a fazenda garantia um bom rendimento.
Ainda bebê, foi levado para Woolsthorpe, onde foi criado por seus avós, já que sua mãe havia casado-se novamente com um pastor, de nome Barnabas Smith.
Tudo leva a crer que o jovem Isaac Newton teve uma infância muito triste e bastante solitária, pois laços afetivos entre ele e seus tios, primos, irmãos e até mesmo os avós não são encontrados como algo verdadeiro.
Um ser de personalidade fechada, introspectiva e de temperamento difícil: assim era Newton, que, embora vivesse em uma época em que a tradição dizia que os homens cuidariam dos negócios de toda a família, nunca demonstrou habilidade ou interesse para esses tipos de trabalho. Por outro lado, pensa-se que ele passava horas e horas sozinho, observando as coisas e construindo objetos.
Parece que o único romance de que se tem notícia na vida de Newton tenha ocorrido com uma certa senhorita Storer, embora isso não seja comprovado.



Ondas Sonoras

Amplitude:
é a altura de uma crista.
Freqüência:
é o número de ondas formadas em um segundo. Uma medida de freqüência de onda é o Hz.
Velocidade: cada onda se propaga c/ uma determinada velocidade. No ar a 0 c, as ondas sonoras se propagam com a velocidade de 330 m/s ; as ondas luminosas com a velocidade de cerca de 300.000 Km por segundo. Para calcular a velocidade de uma onda, aplica-se a seguinte fórmula: V = x 1, ou seja, velocidade igual á freqüência vezes o comprimento da onda. Por exemplo: *A freqüência de uma onda que se propaga no ar é de 80 vibrações por segundo, e seu comprimento é de 2m. Qual a velocidade de propagação desta onda? V = x 1 ==> v = 80 x 2 ==> v = 160 m/s
SOM
O som está presente em quase todas as situações. Uma perturbação produzida em um ponto de um meio, propaga-se progressivamente a todos os pontos deste meio. A buzina, os alto-falantes da eletrola ou do rádio, o fone do telefone, são dispositivos capazes de transformar a energia elétrica em energia sonora. O som propaga-se por meio de ondas, e as ondas transportam energia que se propaga através de um meio elástico como as ondas sonoras, ou até no vácuo como as ondas luminosas. Só se propaga em substâncias que podem ser comprimidas. Ele se propaga em gases, líquidos e sólidos. No ar a velocidade de propagação do som é de 330 m/s. A partir de 0 c, há um aumento de 60 cm/s, para cada aumento de 1 c na temperatura do ar\. Essa velocidade em líquidos é maior do que no ar, em média é de 1.435 m/s. Nos líquidos essa velocidade é muito grande, em média é de 3.000 m/s.
ELEMENTOS BÁSICOS DE UM SOM
Timbre: é a qualidade do som que nos permite identificar sua origem. Intensidade: é uma qualidade do som que nos permite distinguir sons fortes de sons fracos. A medida da intensidade do som é o decibel (dB). A intensidade de quando falamos é de 40 dB. A partir de 120 dB, o som começa a prejudicar nossa audição.
Altura: é uma qualidade do som que nos permite distinguir os sons graves dos agudos.
* Quando além do som direto emitido recebemos o som refletido por um obstáculo, podem ocorrer três situações: o reforço, a reverbação e o eco. Reforço: ocorre quando a diferença entre os instantes de recebimento do som refletido e do som direto é praticamente nula. Reverberação: ocorre quando a diferença entre os instantes de recebimento dos sons é pouco inferior à 0,1s. A reverbereção, quando não exagerada, ajuda a compreensão do que está sendo dito por um orador num auditório. Eco: toda vez que o som, ao se propagar, encontra um obstáculo, volta ao seu ponto de origem ocasionalmente o eco. Ele só existe a partir de uma distância mínima de 17 metros entre a origem do som e o obstáculo.




É um maremoto? Uma ressaca? Não! É um tsunami!

É um maremoto? Uma ressaca? Não! É um tsunami!



O vento soprava a favor; o céu estava azul; a viagem, pronta para começar! Você embarcou no navio, ajudou o marinheiro a levantar âncora e seguiu oceano adentro. A torcida era enorme! Afinal, todos os tripulantes já tinham ouvido falar que uma onda grande poderia surgir no meio do mar e seguir rumo ao continente sem sofrer qualquer deformação. E estavam de olhos abertos para vê-la! Segundo comentários, ela poderia ser gigantesca e viajar por longas distâncias. Então, você ficou desconfiado. Será que isso tudo não é história de filme? Nada disso! Ondas gigantes e solitárias existem! Elas chegam sem avisar, assustam a todos e já causaram muitos estragos.
Chamada de tsunami -- palavra de origem japonesa que significa 'grande onda' (tsu = grande e nami = onda) --, a onda gigante e solitária forma-se em oceanos ou lagos por causa de um evento geológico. Isso quer dizer que, em geral, os tsunamis surgem após um terremoto nas profundezas dos oceanos causado pelo movimento das placas tectônicas (Para saber mais sobre placas tectônicas, leia A dança dos continentes, CHC 116). O terremoto pode desencadear uma avalanche submarina de lama e pedras, que movimenta a água de repente e com grande força. Isso intensifica o movimento das ondas e gera o tsunami.
A possibilidade de ocorrer um tsunami na Europa, na África e no Brasil é pequena. Já em continentes que são margeados pelo oceano Pacífico, as chances são maiores. Isso acontece porque há menos vulcanismos e movimento de placas tectônicas nas bordas dos continentes localizados às margens do oceano Atlântico do que em continentes com costa voltada para o Pacífico.


O fato é que a onda gigante pode viajar por centenas ou até milhares de quilômetros no oceano. Um terremoto no Chile pode provocar um tsunami na Austrália. Mas, calma! São raros os tsunamis gigantescos que destroem vilas ou cidades costeiras. A maioria deles é muito fraco e gera ondas com poucos centímetros. Mas existe também a possibilidade de que a altura do tsunami aumente durante a viagem pelos oceanos. Uma onda com altura entre dois e quatro metros pode crescer ao atingir águas rasas que estejam próximas ao ponto de impacto da onda com a costa.
Tsunamis desse tipo já aconteceram na Califórnia, no Oregon e em Washington, estados localizados na costa dos Estados Unidos voltada para o oceano Pacífico. As ondas tinham entre dez e 18 metros. Acredite: há pessoas que não sentem medo de ondas desse tamanho! Para alguns surfistas, essa é a oportunidade de tentar pegar a maior onda de suas vidas.




Como prever um tsunami?


A onda gigante desta foto não é de verdade. Trata-se da simulaçãode um tsunami atingindo a costa leste dos Estados Unidos.
Muitos países atingidos por tsunamis construíram centros para estudar esse fenômeno, como o Japão, os Estados Unidos, a Austrália e a Costa Rica. O objetivo é evitar catástrofes maiores. O monitoramento é feito através de sismógrafos -- aparelhos que medem tremores de terra -- posicionados ao redor do planeta e que emitem dados diários sobre a movimentação no interior da Terra. Os observatórios trocam esses dados e outras informações para que os pesquisadores possam prever quando um tsunami acontecerá e quanto tempo será necessário para ele chegar à costa, por exemplo. Com esse cuidado, as pessoas podem ser retiradas rapidamente das áreas de risco e levadas para locais seguros. Assim, o número de vítimas e os prejuízos materiais diminuem.
Os centros de estudo também ajudam a evitar alarmes falsos. No Havaí, por exemplo, boatos sobre a chegada de tsunamis colocaram a população em pânico. Mas os nativos da ilha já adotaram um lema: nunca permanecer muito tempo de costas para o mar.
Há centros de pesquisa que também estudam a possibilidade de o impacto da queda de asteróides nos oceanos em tempos remotos ter provocado fortes tsunamis. Como conseqüência, mudanças drásticas na zona costeira teriam ocorrido, como o desaparecimento de algumas espécies e mudanças nos rumos da evolução de outras.
Esses fenômenos naturais mostram como a Terra é dinâmica, está em constante mudança e que é preciso aprender a conviver com eles!